domingo, 14 de março de 2010

MUDANÇAS, TRANSFORMAÇÕES... A RODA DA FORTUNA

Roda mundo, roda gigante,
roda moinho, roda pião.
O tempo rodou num instante,
nas voltas do meu coração...
(Chico Buarque)

As mudanças são uma regra universal e deveriam fazer parte do nosso cotidiano, naturalmente... Mas nós seres humanos, muitas vezes limitados, temos medo, pavor, verdadeiro pânico do desconhecido. Mas ele é inevitável e ao mesmo tempo, incoscientemente, desejado. Já pensaram se a gente vivesse 90 anos no corpo de um bebê? Ou morasse na mesma casa a vida toda, com os mesmos móveis, os mesmos vizinhos, as mesmas conversas? Poderia até ser bom, mas não seria nada emocionante! As pequenas mudanças são até bem-vindas, mas as grandes... Pelo amor de Deus, a gente evita até de pensar! Quando os filhos se casarem... Quando não tivermos os pais por perto... Quando formos demitidos... Cruz credo, bate da mesa!!! É assim que muitas vezes pensamos, mas na real, são as mudanças que fazem girar a Roda da Fortuna. Ou será que alguém já nasceu chefe de uma empresa, ou Top Model, ou grande artista? Impossível. Até os filhos de peixe começam a vida num riacho pra depois encarar o marzão, cheio de aventuras. E são essas aventuras que move ma vida, que nos faz querer algo melhor, nos tornar alguém mais interessante. Então, as mudanças são imprescindíveis, ora bolas!


Por mais medo que possamos ter, andar é melhor do que ficar parado, estagnado, empacado, olhando a vida passar. Podemos falhar, com certeza, mas isso também faz parte da aventura, e porque não trilhar o caminho do verdadeiro sucesso? Da tão sonhada realização profissional? Na vida amorosa, a mesma coisa. Vejo mulheres e homens acostumados com uma relação pouco satisfatória ou com uma condição de solidão não desejada porque têm medo de encarar a nova situação. E se na esquina estiver o homem certo para você? Ou então, se naquele curso que tanto deseja fazer te espera um futuro brilhante em outra direção?

Vejo mulheres maduras com medo de inovar e Afrodites jovens, mais ousadas e corajosas, não sei se tem a ver com idade, mas com maturidade. Os homens também andam se acomodando fácil demais, têm a desculpa perfeita para ficar num casamento ou emprego que não mais os satisfazem porque têm que "sustentar os filhos". E qual a mensagem que estão dando para as crianças? !Sejam medrosos como o papai". Claro que prudência é necessário, mas arriscar é mais ainda. É uma realidade realmente triste de se constatar. Ontem vi um filme que, pra falar a verdade, a princípio me atraía apenas pela presença gloriosa de George Clooney, mas acabei aproveitando mais do que o charmoso ator. O filme "Amor sem escalas" é sobre um homem individualista (e não solitário) que tem por profissão demitir - juridicamente a palavra é dispensar (soa até mais bonitinho) - profissionais de várias companhias, friamente e fornecer a eles suas "opções" a partir daquela decisão. A maioria das pessoas encara tudo pessimamente, é um festival de lágrimas e palavrões, todos se sentem rejeitados e humilhados. Até que Mr. Clooney, com aqueles olhinhos pequenos de suspirar (ai, ai...), perdão, onde estava? Bem, ele tenta amenizar as coisas para um pai de família, com dois filhos pequenos para sustentar, dizendo que essa é sua oportunidade de ouro, porque finalmente ele vai poder seguir o sonho de abrir um restaurante e ser um chef. Na hora, a gente pensa, não é que isso é legal?

Claro que a mensagem pode ser também: que ironia, o próprio sistema capitalista é quem resolve o que devemos ser e fazer... E isso também é uma verdade, mas prefiro pensar que entre o mais cômodo e o caminho da realização pessoal, fico com a segunda opção. O que é garantido na vida? Nada. Até o que parece ser igual a vida toda, não é, ilusão, está tudo mudando e girando o tempo todo, é Lei Universal.

Na psicologia Junguiana, a mandala (os círculos presentes nesta postagem) simboliza a nossa totalidade psíquica. C. G. Jung observou que essas imagens são utilizadas para consolidar o mundo interior e favorecer a meditação em profundidade. Então, caros leitores, eu presenteio vocês não só com a minha transformação ao longo de cinco anos: de jornalista a escritora, mas também com essas figuras mágicas, para que vocês encontrem na sua essência, a energia transformadora para mudar tudo o que não está bom dentro da sua realidade.

E como tudo muda mesmo, estamos de cara nova para um novo ciclo que começa depois do aniversário. Compatilharei com vocês todas essas novas aventuras, prometo.


Beijos!

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