
A toda-poderosa de não sei quantos Grammys, filmes e muita grana
no bolso começou sua carreira como integrante de uma banda de meninas, a "Destiny's Child", se lembram? E Byoncé já se destacava não só pela voz macia e rouca, super afinada mas também, pelo trasei... digamos rebolado. Shakira, outra cantora-sensação também começou tímida, na Colômbia, de cabelões pretos e pele muto branca, e uma voz de arrebatar. Mas depois... Bem, a voz continua a mesma, mas os cabelos pretos e a menina ingênua, isso é passado. Onde quero chegar? Já repararam no que as musas da música têm que se sujeitar para chegar ao topo da mídia e do "sucesso"?

O figurino é sempre provocante, beirando ao vulgar (reparem no look de Byoncé nos shows e clipes). E a dança mais ainda, uma mistura de funk poposuda, com boquinha da garrafa, somada a caras e bocas de quem está tendo orgasmos constantes. A ideia clara é seduzir, vender música hipnotizando olhares de homens sonhadores e mulheres iludidas, que tentam se espelhar. Isso não é um discurso moralista, mas um olhar sobre algo que se tornou comum hoje em dia, a sexualização da mulher. Hoje só se alcança os ouvidos das massas se a cantora for gostosa.

Sei que são coisas da indústria, do mercado competitivo, mas também tem a ver com a personalidade e o caminho que cada pessoa escolhe. Eu acho difícil ver Marisa Monte se sexualizar para vender discos. Já outras seguem esse caminho e perdem a identidade, se deixando levar pela cabeça dos empresários, como Mariah Carey, Britney Spears e tantas outras.
Então, nós mulheres que assim como as musas pop, também queremos ser bem-sucedidas em nossas carreiras, na vida amorosa e na sociedade, vamos ter que mostrar o corpo ou a nossa verdadeira personalidade? Penso que se todas decidirem pela imagem das estrelas, vamos ter um futuro confuso, de pessoas perdidas e infelizes em busca de riqueza. Mas se optarmos pela liberdade de mostrar nossa feminilidade de forma mais natural e singular, acho que nós poderemos liderar o mundo.
Cuidem-se! Beijos.