
iado de outra pessoa, totalmente diferente? Ou nem tão diferente assim, mas por para fora aquele outro alguém que insiste em sair, mas a gente abafa o resto do ano. Então, quando é carnaval todos os bichos se soltam! Alguns são bravos, outros delicados - cada um com a sua catarse momentânea. Tem os personagens de conto de fadas, das histórias em quadrinhos, do imaginário popular - a melindrosa, o pirata, o presidiário, o palhaço, a múmia. Tem os animais - oncinha, gatinha, coelhinha, borboletinha. Eu adoro as do universo infantil, a Branca de Neve, por exemplo - trauma por não ter tido uma festa temática quando criança, paciência. Mas no carnaval, essa fantasia vem acompanhada, de preferência, por um príncipe bem alegre, companheiro, leal, que curte junto, se diverte e vai pra casa junto. Essas fantasias nossas de cada dia podiam ser reforçadas ao longo do ano, não acham? Por que será que só no carnaval a gente acredita nessas coisas? Isso não podia ser constante?
As máscaras de carnaval começaram essa tradição de deixar de ser quem nós somos, pelo menos uma vez no ano. Foi no carnaval de Veneza, que segundo a história, elas foram criadas para que os nobres pudesse se infiltrar junto aos plebeus e ganhar umas mocinhas sem que suas esposas descobrissem. Isso foi lá na Idade Média. Hoje, as máscaras são objetos belíssimos que enfeitam o rosto e continuam povoando a nossa imaginação. É, porque quando vestimos um
desses acessórios carnavalescos purpurinados e glamourizados, abrem-se, imediatamente, as portas para um universo de ilusões. Assumimos uma nova personalidade, adotamos um comportamente ou mais ousado, ou mais feminino, ou mais masculino, ou mais romântico, ou mais sensual. Liberamos as amarras do constrangimento e saímos mostrando ao mundo um lado mais criativo - o positivo da história - ou mais agressivo - o negativo de cada um. Bem, podemos escolher qual máscara usar, isso vai da necessidade ou da empolgação do momento.Agora, e com relação às máscaras do dia-a-dia? Já parou para refletir sobre quantas delas a gente adota para lidar com as situações do cotidiano? A de boazinha para os chefes. A de antenada para entrar nos círculos sociais. A de animada para aquela turma do "oba oba, vamos beber que está tudo bem". A do entendedor de cinema, para os cinéfilos. E por aí, vai... Claro que tem gente que adota o tipo "eu sou eu mesmo e só faço o que quero ", acho isso muito saudável, desde que essa pessoa seja generosa e mostre ao mundo porque consegue ser diferente, com gentileza e sensibilidade. Não estou defendendo e nem condenando as máscaras. Elas são necessárias para a nossa evolução enquanto socidade. O importante é saber quando deixá-las de lado, quando assumir a nossa própria essência, ao invés de ficar fazendo tipo para agradar o outro. Acho que tem que diminuir o seu uso e retirar a máscara quando todos querem que você fique e você quer ir embora. Ou simplesmente dizer "não, muito obrigada", quando o seu grupo social te oferece um mundo de falsa felicidade.

Nesse post, eu coloquei fotos de pessoas queridas, e a minha própria, para ilustrar a alegria e a felicidade gerada por uma festa de carnaval com máscaras, fantasias, mas sem excessos.
Divirtam-se e juízo! Beijos.
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