sábado, 3 de julho de 2010

Lições da derrota


A foto ao lado é um raio-x do sentimento de todos os brasileiros com a derrota do Brasil na Copa da África: um choro só. Mas, recompostos da tristeza, sem deixar o patriotismo de lado, analisemos com um pouco mais de frieza e racionalidade as lições deste Mundial.

- Por que a nossa identidade como povo está tão atrelada ao futebol? Tudo bem, somos um país recente (500 anos não são nada) e ainda estamos engatinhando na construção da nossa imagem, mas será que já não chegou a hora de crescermos e nos tornarmos referências em outros assuntos, além do esporte e do carnaval? Nações de respeito têm que mostrar força da economia, da boa diplomacia, preocupação com o meio ambiente e, principalmente, atenção às necessidades físicas, emocionais e espirituais de seu povo. O Brasil, em ano de eleições, deveria se preocupar mais com essas questões.

- Será que temos sempre que ganhar no futebol? Agora vem a parte do nosso ego latino-americano, passional, irracional e, um tanto, inflado na sua virilidade masculina (afinal, futebol feminino não tem tanta empolgação). Ok, perdemos, podemos melhorar e ganhar na próxima, não é o fim do mundo. Nossos colegas "hermanos" argentinos sofrem do mesmo trauma, sentem-se um lixo quando perdem. Quê isso!!! Vamos ensinar a Maradona. E a nossa arte, a nossa receptvidade perante o mundo, a nossa diplomacia, a nossa capacidade de lutar em qualquer lugar do mundo? Somos reconhecidos, entre os gringos, como o povo alto astral, com economia entre os países que mais crescem no mundo e temos respeito por isso. Será que não está na hora de a Pátria de chuteiras dar lugar à Pátria de mentes e corações que brilham?

- Todos estão tentando achar os culpados pela derrota, mas uma perda não faz mal a ninguém! Vale lembrar que daqui a quatro anos, a Copa é no Brasil e será bem mais emocionante ganharmos em casa. Aí sim, será uma festa histórica e merecida. Então, levanta a cabeça, Brasil, chega de choro e mãos e pernas à obra!!!

E como eu também sou fã da seleção brasileira, começo uma campanha pela volta do Futebol Arte e faço abaixo uma lista dos erros e acerots para o próxima Mundial.

1. Mal Humor não entra: o técnico da seleção tem que ser rígido, mas deve ter jogo de cintura e educação para falar à população, faz parte do pacote;
2. Fora ao jogo sujo: fica cada vez pior assistir aos jogos ultimamente, porque os caras, só porque são fortes, acham que podem bater, agredir, socar, cabecear e pisotear em campo. Chutar: só a bola, ok?;
3. Craque: essa palavra deve ser levada a sério quando se trata de futebol. Ela não é sinônimo de droga, quando falamos de convocação de representantes da nossa Seleção Canarinho.
4.  Xingamento 0: o técnico da seleção deve deixar as richas particulares, apenas para as divididas com a bola e os adversários em campo. Jornalistas podem até ser arrogantes, mas são representantes da nossa sociedade e estão ralando para dar o melhor, portanto, merecem respeito;
5. Holanda:  foi o time que nos eliminou, estamos irados, mas vamos combinar que o país deu um show de Fair Play na Copa, exibindo na camisa de cada jogador, a bandeira do adversário ao lado do símbolo holandês. Simplesmente, muito chique. No fim do jogo, o consolo do jogador "rival" ao Robinho (na foto acima) é uma demonstração de carinho e emoção, o que confirma a miha teoria: futebol não é guerra, é apenas diversão.


VAMOS PREPARAR A TORCIDA COM APITOS, TAMBORES E CORNETAS

BRASIL: 2014

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